20 jun RESTRIÇÃO DO CRESCIMENTO INTRAUTERINO: O QUE É?
A Restrição do Crescimento Intrauterino (RCIU) é uma doença na qual o crescimento fetal está abaixo do esperado para a idade gestacional ( abaixo do percentil 10), diagnosticada pela ultrassonografia. É importante diferenciar do pequeno para a idade gestacional (PIG), definido por um feto pequeno constitucionalmente, porém saudável.
Possui várias causas, podendo ser classificadas em :
A)FATORES FETAIS: anormalidades cromossômicas (20% dos casos e englobam as trissomias do 13, 18 e 21 e síndrome de Turner), Doença fibrocística do pâncreas, Fenilcetonúria, infecções (5 a 10% dos casos) por Toxoplasma, Herpes, Citomegalovírus, Rubéola e Parvovírus B19; malformações congênitas( onfalocele, gastrosquise), gestações múltiplas.
B)FATORES MATERNOS: doenças crônicas ( Hipertensão arterial, Diabetes com vasculopatia, cardiopatias, Lúpus, obesidade, transplante renal,etc), alcoolismo, tabagismo, uso de drogas ilícitas ( cocaína, heroína) e medicamentos teratogênicos ( warfarin, hidantoína, lítio).
C)FATORES UTEROPLACENTÁRIOS: Anormalidades uterinas (útero bicorno e septado), Pré-eclâmpsia, Placentação anômala (placenta prévia, inserção velamentosa do cordão), anomalia dos vasos do cordão.
Atualmente, o baixo peso ao nascer é considerado fator de risco para diversas doenças crônicas. Acredita-se que, na luta pela sobrevivência, o feto desenvolve mecanismos que levam a alterações permanentes na sua fisiologia e em seu metabolismo celular. Doenças como hipertensão arterial, diabetes mellitus e síndromes metabólicas são descritas em associação ao baixo peso ao nascer.
O tratamento dependerá de sua causa e o momento adequado para o parto será individualizado.
Referência: Protocolos de obstetrícia da Secretaria da Saúde do Estado do Ceará / Francisco José Costa Eleutério… [et al.] (org). — Fortaleza: Secretaria da Saúde do Estado do Ceará, 2014.