
28 abr Prolactina altera a fertilidade?
Prolactina é um hormônio produzido principalmente pela glândula hipófise e tem como funções primordiais , regular o desenvolvimento das glândulas mamárias durante a gravidez e estimular a produção de leite no período pós parto. Entretanto , interfere também no metabolismo dos açúcares e gorduras, na resposta imunitária durante a gestação e na reprodução .
O aumento da produção deste hormônio chamado hiperprolactinemia pode estar presente em 17% dos casais em dificuldade de engravidar e 25% das mulheres portadoras da síndrome dos ovários micropolicísticos.
As causas de hiperprolactinemia são diversas, e podem ser classificadas em fisiológicas, farmacológicas e patológicas. As fisiológicas incluem a gravidez , amamentação , o estresse emocional e físico, o sono e o estímulo sexual. As farmacológicas incluem os antipsicóticos ( risperidona, suspirada) , antidepressivos , antihipertensivos ( metildopa) , medicamentos de ação intestinal (domperodona, metoclopramida) e cocaína. Entre as causas patológicas, a mais importante são os prolactinomas, tumores da hipófise que secretam prolactina.
Os sintomas podem vir como atrasos ou irregularidades menstruais , produção de leite fora do período de amamentação, diminuição da libido e infertilidade. Neste último , o impacto sobre a fertilidade ocorre devido a alteração na secreção pulsátil dos hormônios GnRH, FSH e LH.
O tratamento dependerá de sua etiologia. Na hiperprolactinemia medicamentosa , o medicamento deverá ser substituído . Prolactinomas podem ser tratados com medicamento ou cirurgia .
Geralmente após a normalização dos níveis de prolactina , os casais inférteis conseguem engravidar em curto período, sem necessidade de tratamentos mais complexos como inseminação artificial ou fertilização in vitro.